sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

"A Marte..."

Um dia eu vou a Marte?

A Marte um dia eu vou?

O que me levaria aa Marte ?

Se a Marte, em silêncio, eu estou...

Caminho...

O caminho que percorro é despido...não tem flores que eu possa admirar nem cheiro a relva molhada.

O caminho que percorro tem declive, tem buracos, tem marcas de um passado quase presente...

O caminho que percorro tem pedras soltas...

Se fui eu q escolhi vir por aqui?Ñ sei, tlz!

...Por vzs aguardo por avistar algo de diferente no que tenho à minha frente, anseio por algo de bom, mas demora a chegar ou às vezes nem chega a surgir...

"Diabo viajante"...

Diabo viajante que és...levas o q de mim ainda contém inocência...

O meu sonho está aprisionado numa das tuas celas...porque não o libertais?

O q de tão especial ele tem para ti? Será por ser uma parte de mim?

Diabo viajante que me guardas no teu pensamento...se teu coração já tem o que precisava porque razão guardais o meu?

Não congelais o tesouro que tenho...

Na vida não existe um "reset" nem "formatação"...

Ouro ou lata...

Queríamos sentir a frescura das palavras, mas apenas sentimos o frio do silêncio...Mas de frio já anda o mundo farto...

Afastamo-nos das evidências...

Acreditamos "só" mais uma vez que não vamos voltar a ver o tecido desbotado com o qual ficámos na memória mas sim com a esperança de sentir a seda do toque da tua pele.

Somos loucos ou ingénuos...simplesmente somos quem somos, uns com muito, uns com pouco e outros com quase nada...

Valemos o mesmo, fazemos o mesmo...independentemente se o berço era de ouro ou de lata...

O que vês são traços...

Tudo o que vês são traços...

traços que trazem consigo histórias...

histórias essas que contam o que já vivi até agora...

Gostava que contassem histórias com finais felizes

ou que acabassem em alegria...

mas a vida não é assim, não é?

Tento encontrar a origem do que trago comigo,

do que tenho escrito no coração.

Mas não sei o que trago escrito, mas muito se deve ter dito...

Palavras doces e outras um pouco salgadas...

salgadas como a água do mar, água essa que nos lava a alma,

que nos rejuvenece...mas que nunca nos faz esquecer o que a gente merece...

Porque guardas...

Porque guardas contigo as lembranças que tens de mim…?

Porque não as deixas voar…?

Liberta as lembranças que tens de mim no teu coração,

Deixa-as voar, não as segure mais…

Eu nunca pensei ser “a” pessoa que te decepcionaria

Nunca pensei que partiria primeiro

mas se assim eu for, deixa-me levar as lembranças comigo...

Não quero que te lembres de mim, não quero que chores...

Novos dias virão aí mas eu não espero que me perdoes...

A tua vida não acabou...tomou apenas outra direcção...

Se algo de mim guardares, não o guardes na mão, guarda-o no coração...