segunda-feira, 16 de março de 2015

Alimento-me assim...

Alimento-me de palavras cheias, sinceras e sentidas.
Alimento-me de sorrisos, de abraços e de bons dias.
Alimento-me de gestos de amor, de carinho e de boa educação.
Alimento-me de elogios, de conquistas e de arrepios na barriga.
Alimento-me dos outros, das marcas que deixam em mim, do que deixo atravessar e do que não consigo evitar.
Mas ao mesmo tempo, alimento-me do que acredito, do que defendo e do que valorizo.
Alimento-me de vida, de histórias e afins.
Alimento-me assim...

quinta-feira, 12 de março de 2015

Vai...

Rasga...e parte...para parte incerta, sem rumo, sem data certa nem aviso prévio...
Vira, retrocede, avança...Sem pensar, sem ligar...
Deita fora o que nunca te pertenceu, o que nunca foi teu...e Vive!
Vive o agora, vive o instante, vive a oportunidade que tens...
E agarra!
Agarra e viaja...Viaja com quem faz o seu sorriso brilhar e os olhos sorrir...
Vai sem pensar...vai sem promessas, sem jogos...
Simplesmente vai...
Livre como sempre sonhaste, como sempre quiseste...
E não te esqueças de amar...quem tu és, o que fazes e o que mais te dá prazer..

quarta-feira, 11 de março de 2015

Pare de me entender


Para de ser tão sensacional. Porque tudo que eu tenho pra oferecer é essa inquietude e um mau-humor matinal terrível.
Pare de ser essa criatura docemente gentil enquanto eu me ocupo com minhas crises pessoais que me estraçalham de vez em quando e te levam junto.
Pare de escrever poesia com esses seus olhos lindos, quando tudo que eu tenho são palavras amargas e viscerais. Não me traga mais chocolates enquanto eu reclamo de você, de mim, de nós.
Pare com esse sorriso de menino enquanto eu devaneio nessa minha “adultice” fajuta. Não me diga mais que eu sou incrível e que te faço feliz. Cada gesto sublime seu significa uma oportunidade de eu me convencer do quanto eu nunca faço nada pra merecer.
Pare de ser certeza no meio do meu oceano de dúvidas, pare de ser música nesse meu silêncio sepulcral, deixe de lado essa tolerância que parece que não termina nunca.
Pare de me impulsionar pros meus sonhos enquanto eu não faço a menor ideia do que fazer para apoiar os seus.
 Pare de ser essa atenção enquanto eu me distraio. Você sabe tanto sobre como fazer dar certo e eu sou campeã em fazer tudo errado.
Pare de me esfregar a tua nobreza na cara enquanto eu aprimoro as minhas paranoias.

Todos os dias eu penso que você vai acordar e buscar alguém que saiba te amar melhor do que eu. Pior ainda: encontrar este alguém. E eu vou continuar aqui, mentindo pra mim mesma que eu não ligo porque eu não ligo pra nada, enquanto me torturo com essa minha mania de ser tão boa em ser tão ruim.
Pare de pensar tanto em mim enquanto o meu egoísmo te engole.
Pare de me perdoar e me compreender, pois, puta que o pariu, até eu já sei que não mereço.
Pare de aprender tanto sobre o amor a cada erro meu, enquanto eu continuo me calejando feito um cupim de estaca e não aprendo nunca. Só aprendo a dizer que aprendi a errar outra vez, então, pare de dizer que acredita que “dessa vez vai ser diferente”. Que droga, não vai. Eu sou tão boa em tentar, mas isso é tão pouco.
Pare de me entender quando nem eu mesma consigo e de me achar normal enquanto eu me espanto com tamanha estranheza.
Grita, reage, some. Não seja esse alguém que sempre fica depois de uma explosão e limpa os destroços com tanta dedicação. Me mostra que eu não posso ser tão difícil assim. Não me desculpe por sempre me desculpar. Leva esse coração enorme pra alguém que saiba caber, porque, eu sinto muito… Eu só sei transbordar.


de Nathalí Macedo

quinta-feira, 5 de março de 2015

Identifico-me nas palavras...

Por vezes, por vários livros que se leia e por várias histórias que se tropece, nem sempre se encontra uma ligação interior, um reflexo do "eu" nas palavras dos outros mas, é com um certo carinho que quando isto acontece nos sintamos abraçados, compreendidos.

Foi o que me aconteceu com o livro "Crónicas de uma vida que se vive todos os dias" de Diana Gaspar Duarte.
É um livro recente mas desde o primeiro instante que tomei conhecimento dos textos da Diana que fiquei sempre atenta ao que divulgava.
É um livro de leitura fácil, simples mas com um conteúdo rico. Rico em emoções, em sentimentos mas, principalmente, rico em palavras. 

E não poderia deixar de concordar com a própria Diana quando esta revela: "De palavra em palavra se constroem pessoas, de pessoa em pessoa se constroem mundos, mundos de palavras, mundos de pessoas."

Obrigada Diana!


quarta-feira, 4 de março de 2015

Queria eu

Queria ter mais certeza dos sorrisos que me pedem.
Queria eu, viver de amor pela vida. Amar baixinho.
Expor meu coração ao mundo e mostrar como ele também sorri com os sorrisos, e risos, dos outros.

Queria eu, que o mundo não fosse tão competente em atrasar as nossas felicidades por receio de olhares apequenados que nos rodeiam.
Como se não pudéssemos ser aquilo tudo.
Como se tivéssemos que ter medo de quem nunca nem nos abriu a janela dos lábios.
Como se erros de essência confusa não fossem uma variável na vida de todos.

Queria eu, mais beijos de lábios fechados e cabeça pensante.
Menos olhares esmaecidos e mais consciências leves.
Queria também que as pessoas tivessem mais convicção da sua sina no mundo, e não somente no coração de alguém.
Mas, acima de tudo, queria sempre me fazer leve como se eu me dissesse a verdade de quem sou todos os dias.

Queria eu, procurar afeto de amor e verdade no mundo e o encontrar, como um óculos que insiste em se esconder de baixo do meu nariz.

Texto realizado por Frederico Elboni