segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Não sou...

Olha à tua volta!
O que vês? O normal não é?
Tudo está no sítio onde costuma estar, não se mexeu para um lado nem para o outro, simplesmente não se mexeu.
Tu tens algo que guardas com carinho, com respeito, algo que te faz sentir diferente dentro da diferença...sabes o que é mas não te consegues lembrar, não consegues entender o que estou para aqui a escrever, estou errada?
Pois bem, o que acabei de escrever são as últimas palavras que te direi deste lugar que escolheste para me colocar.
Penso mudar-me, quero mudar-me, pois não sou nenhum bibelot, nenhuma peça morta, com uma linda pintura que quando é novidade toda a gente sabe mas com o passar do tempo deixa de ter o seu valor, a sua verdadeira história. Perde-se a razão, o encanto, perde-se o que no início estimulava um acto inesperado.
Vou mudar-me, não interfiras no meu caminho porque a decisão está feita.
Podes dizer-me o que quiseres mas aqui eu não fico mais, pois esse olhar deixou de ser o mesmo e eu não sou apenas um adereço.
Não te preocupes porque os meus olhos não vão chorar, nem o meu sorriso vai ficar mais triste.
Não sei se tudo o que imaginei um dia possa acontecer mas, de momento, vivo dia após dia.
Pensa...pensa em tudo...será que ficarás a perder? Não te si responder, porque não sei qual o valor que me estarás a dar, não sei o grau de importância do meu papel aqui.
A vida será como será!

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